Leyla Ylmaz
— Sem sorte com o táxi? — perguntou, a voz agora mais suave, quase brincando.Uma mudança desconcertante considerando como havíamos nos falado antes.
Revirei os olhos, lutando contra a tentação de respondê-lo com sarcasmo.
— Nenhuma. E eu não tenho tempo para esperar.
Ele olhou para o motorista e fez um sinal com a cabeça, antes de abrir a porta do carro.
— Eu posso te dar uma carona. Não precisa perder mais tempo.
Eu hesitei. A última coisa que eu queria era aceitar ajuda dele, mas eu realmente não podia me dar ao luxo de recusar. O relógio estava contra mim, e eu precisava chegar ao tribunal o mais rápido possível.
— Tudo bem — murmurei, finalmente cedendo. — Mas fique claro que estou aceitando por necessidade, não por simpatia.
Ele soltou um riso baixo, como se estivesse achando graça na minha irritação.
— Claro. Só uma carona.
Entrei no carro, e o silêncio entre nós era tenso, quase palpável. Ele não disse nada, e eu também não estava com disposição