James
O tapa de Antonella ainda ardia mais na alma do que no rosto. Eu deveria odiar. Eu deveria sentir raiva. Mas senti outra coisa. Desejo. Paixão misturada com raiva. Sede misturada com fome. Eu não queria apenas tocá-la. Eu queria marcá-la.
Eu fechei os olhos no sofá, os lábios ainda formigando onde ela mordeu. Minha mente reconstruía aquela cena como se fosse um filme feito só para mim. Ela me olhava com ódio, mas o ódio dela tinha algo que me fascinava. Ela dizia
— “Desiste, James”.
E eu pensava:
— “Você ainda não sabe… mas já é minha.”
Adormeci.
Não sei se dormi um minuto ou uma hora, mas sonhei com ela. Amarrada na minha cama, o vestido vermelho no chão, os olhos cheios de resistência e súplica. Ela me chamava de louco, eu chamava de destino. No sonho, ela percebia que nunca tinha amado de verdade até amar sendo dominada. E era eu. Sempre eu.
Toquei o corpo dela do meu jeito bruto, ela gostou, gritou, gemeu meu nome. Me pediu mais. Era tão perfeito, ela estava sendo tão minh