O adolescente se acomodou na mesa perto da janela do refeitório, onde a luz suave da tarde iluminava seu rosto, que estava em um estado de profundo "pensamento existencial". Ele observava as pessoas ao seu redor, cada uma afundada em suas conversas e risadas, criando um contraste perfeito com a inquietação que morava em seu peito, como um hóspede não convidado.
Na frente dele, estava Manuela Miller, sua fiel companheira de todas as horas. Ela, por sua vez, parecia perdida no universo paralelo de seus próprios pensamentos, na medida em que brincava com as ervilhas no prato, construindo pirâmides minúsculas e as derrubando com a precisão de um cientista maluco. "O que será que ela está pensando?", Anderson se perguntava, mas logo se viu perdido em um dilema ainda maior: como dizer para a amiga que estava completamente obcecado pela garota ruiva, a qual semanas há atrás nutria um ódio mortal? Uma questão de tamanha relevância que até as pirâmides de ervilhas pareciam mais simples.
— Andy