Ashton…
Eu caminhei de um lado para o outro na sala, inquieto e questionando-me se deveria ligar para ela, pois precisava, com urgência, apresentar minhas desculpas pelo comportamento desmedido daquela manhã. Eu mesmo queria me autoaplicar um tapa, depois de ter perdido a paciência com ela, pois, ao observar seu semblante, percebia que ela estava à beira das lágrimas, e sabia, com pesar, que toda aquela desordem era de minha inteira responsabilidade.
— Droga, o que eu fiz! — Resmunguei.
Meu pai adentrou a sala com um olhar preocupado e, com voz contida, indagou:
— Filho, o que há de errado?
Balancei a cabeça e murmurei, enquanto esfregava o rosto com desgosto:
— Não sei. Sinto que estraguei tudo.
— Aconteceu algo na empresa? — Inquiriu, com certa hesitação.
— Não, está tudo bem. É outra coisa... algo meio complicado. — Neguei com a cabeça e respondi.
Meu pai arqueou a sobrancelha e comentou, numa tentativa de elucidar a situação:
— Acho que alguma mulher tem algo a ver com isso.
— Não