Cadu
O primeiro tempo terminou, e o placar gritava a vitória das meninas. Elas ganharam de goleada. Uma surra que fez Lorenzo engolir suas palavras de antes. A divisão para a segunda partida foi feita, e desta vez, ele não abriu mão de Verônica em seu time. O apito deu início à segunda rodada, e a cada ponto que eles faziam, Lorenzo encontrava um jeito de grudar na Verônica, de comemorar junto dela. Um toque aqui, um abraço ali… a situação estava insuportável para mim.
O ápice foi o final do jogo com a vitória do time deles. Triunfante, Lorenzo ergueu a Verônica do chão, girando-a nos braços como um troféu. A cena diante dos meus olhos me enfureceu. Meus dedos se fecharam em punho, as unhas cravando na pele. Um calor escaldante subiu pelo meu pescoço; a raiva borbulhava dentro de mim como lava vulcânica. Ele a tratava como um prêmio, ignorando o resto da equipe. Senti uma vontade incontrolável de interromper tudo, de arrancar a Verônica dos braços dele, de quebrar a cara do imbecil.