Verônica
Assim que fechei a porta do apartamento, um suspiro de alívio escapou dos meus lábios. Que manhã! Eu precisava urgentemente de um momento de silêncio, porque a veia da minha cabeça estava prestes a explodir. A enxaqueca estava me matando. Tomei um banho morno e vesti roupas leves, depois fui para a cozinha, preparar um macarrão instantâneo.
— Uau, que cheirinho bom! Cozinheira de mão cheia agora? Faz um pouco pra mim? — Isabella invadiu a cozinha, carregando sacolas de compras. — Passei no mercado e trouxe frutas frescas. Vou fazer uma salada. Quer?
A tagarelice dela é um sinal claro de nervosismo, uma forma de evitar encarar algo que a incomoda.
— Oi, Isa! Claro, quero sim. Mas deixa a salada de frutas pra depois, porque já vou servir o macarrão. Assim, você pode me contar o que está te deixando inquieta, enquanto nós almoçamos. — Falei, pegando os pratos e servindo as porções.
Ela inspirou, arrastando uma cadeira para se sentar à mesa.
— É o Vinícius… ele quer me apresenta