Onze

       Ana sempre foi barulhenta, mas para David ela estava ensurdecedora agora. Ela cantarolava, assoviava ou cantava enquanto seguiam para o coração da floresta de chumbo. E quando não tinham mais sons para fazer com a boca, tamborilava na sela do cavalo.

                A floresta de chumbo era tão sombria quanto os relatos afirmavam. Muitas balas ainda estavam nos troncos das arvores, além de outras marcas da guerra que acontecera cem anos antes. As lendas também falavam sobre fantasmas que ainda lutavam numa guerra, que para eles nunca teria fim. O mundo era guerra, ele sabia. Talvez aquilo não passasse de uma historia para simbolizar a eterna guerra que é o mundo.

                 – Depois de um tempo

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