Amara
Acompanho meus pais até uma sala de estar perto do quarto deles, caminhamos devagar, a tensão aumentando a cada passo como uma corda sendo esticada ao limite, e eu sinto meu corpo enrijecer progressivamente, o ar se tornando mais pesado com cada metro percorrido.
A noite já invadiu o castelo e as luminárias mágicas iluminam os corredores, criando sombras dançantes que ecoam minha inquietação interna, como se o ambiente refletisse o tumulto em minha alma.
O cômodo é aconchegante, com uma linda vista da floresta, uma vista que me traz memórias misturadas de beleza e perigo, evocando uma melancolia sutil. A mesma floresta em que Thorne se transformou dias atrás, e essa lembrança desperta uma preocupação fresca, misturando-se à minha ansiedade atual como camadas de um bolo amargo.
Torço para que o feitiço de bloqueio que fiz em sua mente consiga manter a Entidade quieta até meus pais voltarem para casa, uma torcida desesperada que enche meu peito de esperança frágil, temendo o que p