Thorne
“Aqui está o seu discurso, Majestade,” um dos conselheiros anuncia, sua voz grave ecoando no salão de reuniões, enquanto entrega ao meu pai um tablet preto. “E esse é o seu, príncipe,” ele prossegue, estendendo-me outro tablet, o peso frio do dispositivo em minhas mãos enviando um arrepio de responsabilidade que se mistura com a tensão já alojada em meu peito.
Me acomodo melhor na cadeira, o couro rangendo sob meu peso, os ombros rígidos como se carregassem o fardo de um reino inteiro, e tento focar a mente na reunião, mas minha alma está agitada, um redemoinho de frustração, culpa e um desejo ardente por respostas que parecem escorregar entre meus dedos.
Pego o tablet, os dedos deslizando pela superfície lisa, e passo os olhos rapidamente pelo discurso, as palavras alinhadas em linhas precisas, mas algo prende minha atenção, como uma pedra lançada em um lago tranquilo, perturbando a superfície da minha compostura.
“Quando foi que decidimos a data do casamento?” questiono, a v