Thorne
Chego no meu quarto com o coração pesado, como se carregasse dentro do peito um peso impossível de sustentar. Cada batida do meu coração soa abafada, irregular, misturada a um nó de angústia que sobe pela garganta. Minha vida está se tornando uma confusão emocional tão densa que parece me envolver como uma neblina espessa, sufocante. Tudo em mim gira em círculos, e a tontura que sinto não é apenas física, é mental, é uma vertigem causada pelo caos de sentimentos que colidem uns com os outros.
A conversa com meus pais e com a Auriel se misturam em minha mente, como ecos distorcidos que se sobrepõem, me deixando exausto, confuso, fragmentado. Minhas têmporas latejam, o corpo ainda dói. Tudo o que eu quero é me jogar na cama, afundar nela, fechar os olhos e desaparecer por uma semana inteira. Só isso. Um instante de silêncio. Um instante de esquecimento.
Mas antes que eu possa sequer permitir que o corpo ceda ao colchão, uma batida firme e seca na porta rompe o ar e os meus planos