Auriel
Bato na porta do escritório com os dedos trêmulos, o nervosismo pulsando em minhas veias, fazendo minhas mãos suarem e meu coração disparar em um ritmo frenético. Limpo o rosto com as costas da mão, tentando apagar os vestígios das lágrimas que ainda escorrem, o sal delas ardendo em minha pele, enquanto uma determinação frágil, mas obstinada, me empurra a seguir em frente, mesmo com o peso esmagador da decisão que carrego: preciso ir para casa, voltar ao conforto simples da minha loja de poções, onde o cheiro de ervas secas e o som de frascos tilintando me ancoram. Não há por que continuar aqui, nesse castelo que é enorme, não pertenço a esse lugar. A ideia de deixar tudo para trás traz um alívio agridoce, misturado com uma tristeza profunda por abandonar as conexões que, apesar da dor, se formaram em meu coração.
Instantes depois, a porta se abre e a presença da rainha Aria surge do outro lado. Meu coração se agita dentro de mim, nervoso. Faço uma reverência profunda, abaixan