Auriel Pov
O endereço que Valkiria nos forneceu é, sem dúvidas, um cenário digno de um filme de terror. A cabana à nossa frente parece arrancada de um conto macabro — rústica, decadente, suas janelas quebradas lembram olhos vazios nos observando com segundas intenções. As paredes estão cobertas por heras e musgos, como se a própria natureza estivesse tentando engolir aquele lugar para apagar qualquer vestígio do que quer que tenha acontecido ali dentro.
A rua ao redor está completamente deserta, e o silêncio sepulcral da noite só é interrompido pelo ocasional sussurro do vento cortando entre as árvores da floresta próxima. A lua minguante tenta esgueirar-se para fora das nuvens, lançando um brilho pálido e espectral que apenas realça a aura ameaçadora do local. Meus instintos gritam que algo está errado, e, pelo olhar de Amara, percebo que ela sente o mesmo.
“Isso está cheirando tanto como uma emboscada,” Amara anuncia com firmeza, seu tom de voz carregado de desconfiança. Seus olhos