Cap.124
Lúcios entrou pela porta da mansão em silêncio, carregando Ângela em seus braços como se ela fosse feita de vidro.
O peso dela não era nada diante do aperto que crescia em seu peito ao sentir a respiração irregular, a cabeça tombada de leve contra seu ombro.
Estranhamente, após Ângela dizer que não tomou a vitamina, Valerios desapareceu. Não era comum que ele sumisse assim.
Ele subiu as escadas, cada passo firme, decidido, até alcançar o quarto. Colocou Ângela sobre a cama com delicadeza, mas ela, teimosa, logo tentou se erguer.
— Eu estou bem… — murmurou com um sorriso frágil, como se quisesse convencê-lo.
Lúcios a fitou com os olhos semicerrados, descrente. Ajeitou uma mecha solta dos cabelos dela atrás da orelha, sem disfarçar a tensão em seu rosto.
— Não, você não está bem. Está pálida, com a respiração curta… eu fiz algo errado? — sua voz saiu grave, controlada, mas carregada de preocupação e culpa. — Eu devo ter pegado pesado com você lá no vestiário.
Ângela negou imedia