Cap.87
Valerius congelou. Seus olhos não traíram emoção, mas as mãos ficaram tensas no colo.
— Não vai dizer nada! — Lúcios asseverou, se levantando, e assim Valerius também fez, com a mesma postura ereta, mas submissa.
— Eu não sei o que dizer.
— Valerius, eu vou te pedir uma coisa nesse momento, seu mordomo de merda... Quero que você largue sua pose de cão leal, porque já mostrou que não é fiel a mim quando tem um rabo de saia envolvido. Por isso... esqueça que você é mordomo, braço direito, assistente... e se lembre do campo de guerra. O que éramos?
— Amigos. Melhores amigos. — Ele respondeu com a voz firme, agora se erguendo por completo.
— Pois é, seu desgraçado. — Lúcios asseverou, mas em tom contido, como se não quisesse fazer barulho. — Éramos melhores amigos. Meu pai morreu te salvando.
Valerius relaxou, encarando Lúcios com seriedade.
— Vai jogar isso na cara agora? Desde que seu pai morreu, larguei o exército e vim servir sua família. Tenho dado minha gratidão eterna!
— Tem