Cap. 70
Cap. 70
Eu continuava deitada, assistindo, enquanto Lúcios forçava o próprio corpo ao limite. O ambiente estava tão calmo e fresco que eu começava a adormecer sobre os travesseiros macios.
Valerius se aproximou, agachando-se. Ele tocou minha testa, testando minha temperatura.
A brisa que antes era quente e calma começou a mudar, quase como se o céu quisesse avisar que não estava de bom humor.
Mas eu não vi nada, não dei importância a nada disso, a brisa estava perfeita debaixo da árvore.
Deitada entre almofadas, com o corpo pesado, eu sentia o mundo ao redor balançar levemente, como se fosse um barco ancorado. O cheiro de grama úmida, o som das folhas se mexendo, meu coração batendo devagar.
Valerius tinha acabado de se despedir. Lembro da voz dele ecoando na minha mente enquanto meus olhos se fechavam.
— Mantenha a calma, Ângela. Não faça nenhuma besteira. Se precisar de água, tem logo ali ao lado. E a vitamina que você tomou vai te dar um pouco de sono.
— Eu sei… pode ir. — murmu