Cap.68
Pov angela
Eu senti o estômago revirar de novo. Por um segundo, o desejo de voar no pescoço da Sylla quase me venceu.
Mas respirei fundo. Senti o rosto queimar, o vermelho da raiva subindo por baixo da minha pele pálida. Meus olhos cravaram nos de Lúcios como se eu pudesse rasgá-lo só com o olhar — mas nenhuma palavra saiu. Eu não tinha forças. Não agora.
Virei-me devagar, sentindo cada osso latejar, e voltei para o quarto. Fechei a porta atrás de mim, abafando aquele burburinho nojento do corredor.
Deixei meu corpo desabar na cama. Caí de qualquer jeito, de bruços, esmagando o rosto no travesseiro.
Um sussurro escapou dos meus lábios, rachados de amargura.
— Rata... essa rata não perde por esperar… — rosnei, mas a voz se perdeu abafada no algodão.
A garganta arranhava, como se eu engolisse farpas vivas. Apertei o peito, buscando qualquer resquício de força que me impedisse de chorar de novo — mas era inútil.
— Eu não imaginei que os primeiros dias dele acordado seriam tão ruin