84. O SEGUNDO ALVO
Mas havia algo que Isabela, em sua exaustão e angústia de mãe, não fazia ideia.
Enquanto ela caminhava pela casa naquela noite, tentando organizar pensamentos que escapavam como água entre os dedos, quatro pequenas mentes já estavam três passos à frente.
Não era apenas sobre o pai. Não era apenas sobre Leonardo.
Os quadrigêmeos tinham outro nome gravado no silêncio, um nome que repetiam entre si quando acreditavam que ninguém escutava.
Helena.
A primeira sombra em suas vidas. A mulher que comprara sua mãe como se compra um objeto. A mulher que abrira a porta da casa… mas também a porta do horror.
E, para eles, havia uma estranha matemática infantil — se o mal começou por ela, então ela também devia responder.
Eles não queriam machucá-la. Mas queriam que ela sentisse algo. Que entendesse. Que pagasse — não com dor, mas com consciência.
Eles eram crianças, mas crianças que tinham aprendido cedo demais o que era justiça… e o que era vingança.
Na Manhã Seguinte
O sol ainda nem tinha subid