A manhã chegou envolta em um céu cinzento, o tipo de céu que não traz tempestade imediata, mas carrega a promessa de que algo está para acontecer. Marina acordou primeiro, o corpo ainda pesado pelo cansaço e pelo que vivera com Kieran na noite anterior. A respiração dele, compassada e profunda, soava como um ronronar grave que a fazia sorrir.
Ela se virou lentamente, observando-o dormir. Ali, deitado, parecia menos o alfa imponente e mais um homem vulnerável, de cabelos negros espalhados pelo travesseiro e traços relaxados. Marina estendeu a mão e tocou-lhe o ombro enfaixado. A bandagem estava firme.
— Está cuidando bem de mim até dormindo, princesa. — A voz grave, rouca, a fez corar instantaneamente.
Ela retirou a mão rapidamente, mas ele a segurou antes. Os olhos dourados abriram-se, ainda embaçados pelo sono, e a fitaram intensamente.
— Bom dia — murmurou ela, tentando soar natural.
Kieran sorriu preguiçoso. — Bom dia. — Puxou-a para junto dele, colando-a contra o peito quent