CAPÍTULO 41
Valéria Muniz
A única coisa de que tenho medo, é de acordar. Abrir os olhos do coração e saber que não passou de um sonho, que não é real..., mas como não seria? Se a minha alma grita de emoção ao sentir a alegria de cada detalhe, cada acontecimento.
“Eu te avisei... seu tenente não tirou os olhos de você!“ — sorri ao lembrar das palavras da Edineia quando nos cumprimentou. “Ah, como eu gostaria de ter visto isso!“ — meu eterno soldado me olhando.
“Como seria essa sensação?“
Me perdi em pensamentos depois de comer tão bem, ele é tão cuidadoso...
— Valéria?
— Hum? — virei depressa para Theodoro.
— Quer dançar? Por esses lados, é comum os noivos abrirem a pista de dança com a valsa! — as palavras dele foram como sentir um vento forte, tentando me derrubar. Estremeci na cadeira segurando o guardanapo.
— Eu não sei, dançar! Sinto muito... — lembrei do sufoco que passei numa festa com dezoito anos. Aaron me deixou dançar co