CAPÍTULO 14
       Valéria Muniz
     — Valéria? — a doce voz da dona Anelise, me fez perceber que eu não podia me deixar abater, precisaria seguir em frente, chorar não iria resolver.
     — Sim, senhora! — me ajeitei, disfarçando que havia chorado.
    — Aconteceu alguma coisa? Tive a impressão de ouvir a voz do Théo.
   — Bom... ele deu uma passadinha, mas já foi. — levei o rosto para baixo, disfarçando.
   — Nossa, acho que ele se interessou em você, fico feliz com isso! — sua voz era gentil.
   — Imagina senhora, ele passou por acaso. — senti uma pontada no peito, ele estava atrás do meu corpo cheio de gorduras, que deve ter achado diferente, só pode.
   — Não, ele está diferente. Nunca o vi assim. Agora me diga realmente... o que aconteceu? — Tive medo de não contar a verdade, ela poderia ter visto e saberia que não confio nela, então fui forçada a falar:
   — Meu irmão me encontrou, senhora!
   — Caramba, aqui?
   — Sim, e o tenente me ajudou a fazê-lo me deixar em paz, foi iss