Os dias no apartamento de Gustavo haviam se tornado um cárcere psicológico. Bridget mal via a luz do sol. O segurança que ele contratara não a deixava sair nem para o terraço. As janelas trancadas, o celular confiscado e o silêncio opressor transformavam o lugar em uma prisão luxuosa.
— Tirei férias por você — murmurou Bridget para o espelho, como se tentando se convencer de que ainda havia controle sobre alguma parte da própria vida.
Gustavo aparecia sempre com presentes: livros, flores e sobremesas que ela gostava. Mas era apenas mais um tipo de punição: forçá-la a sorrir enquanto sua liberdade era arrancada pouco a pouco.
— Estamos vivendo um sonho, Bridget — ele dizia com aquela voz mansa e olhos intensos. — Você não precisa de mais ninguém. Só de mim.
Ela já não discutia. Sabia que qualquer palavra errada poderia custar muito mais do que sua própria dor.
Mas Bridget também não estava inerte.
Enquanto fingia colaborar, observava. Um detalhe aqui, uma falha ali. Notou que Gustavo t