O café mais amargo do mundo

A xícara de café fumegava na minha frente, mas o cheiro não me dava vontade de beber.

Bridget estava ali, sentada de frente, mexendo o café com um movimento lento, quase calculado, como se estivesse medindo cada segundo para não me encarar.

Maxwell estava ao lado dela, mas não precisava falar nada — a presença dele já era um barulho suficiente dentro da minha cabeça.

Meu corpo ainda pesava da noite anterior. O corte no lábio ardia, e minha boca tinha aquele gosto metálico que não sai nem com água. Eu lembrava de flashes do bar, do empurrão, do soco… e dela. Sempre dela.

— Tem certeza que não quer me contar nada, Bridget? — perguntei. Não levantei a voz, mas carreguei cada sílaba de intenção.

Ela não olhou para mim. — Não... não tenho nada pra contar.

— Nada mesmo? — insisti, inclinando o corpo sobre a mesa.

Ela ergueu os olhos por um segundo, e naquele instante jurei que vi algo... medo, talvez. Ou culpa. — Nada, Andrew.

O silêncio que veio depois era quase um quarto integrante d
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