Bridget sentia o peso do anel de noivado como uma algema dourada. A cada aparição repentina de Gustavo na livraria, a cada toque "gentil" que a enrijecia por dentro, ela tinha mais certeza: precisava agir.
Naquela manhã, ele surgiu de novo — impecável, como sempre. Entrou na livraria-café segurando um copo de café artesanal.
— Pedi seu favorito no balcão — disse, como se fosse romântico. — A atendente achou fofo eu saber a sua escolha preferida.
Ela sorriu por reflexo, mas os olhos estavam mortos.
Gustavo encostou-se ao balcão, observando-a como um caçador em vigília. Mas então, alguém entrou pela porta e quebrou o clima sufocante: Camila.
— Amiga! — exclamou ela, abrindo os braços.
Bridget correu ao seu encontro, como se aquele abraço pudesse salvá-la da água gelada.
— Que bom te ver… — Bridget sussurrou, baixinho.
Camila sentiu a tensão. O olhar dela deslizou discretamente para Gustavo.
— Está tudo bem?
Bridget não respondeu. Mas apertou sua mão com firmeza.
Mais tarde, quando Gusta