E mesmo assim...
Bridget subiu as escadas lentamente, sentindo o peso de cada passo. O corpo doía, mas a alma parecia ainda mais exausta. Cada lembrança da noite batia como uma onda fria — o medo, a impotência, o olhar nojento do homem no banheiro… e depois, o alívio com a chegada de Gustavo.
Ela fechou a porta do quarto com cuidado e recostou as costas nela. O silêncio do cômodo era quase reconfortante. Finalmente sozinha. Finalmente longe de perguntas, de julgamentos, de olhos que não sabiam o que olhar.
Caminhou até o closet e tirou os sapatos, sentindo os pés doloridos ganharem liberdade. Depois, se despiu com calma, como se precisasse se despir também da lembrança do que viveu. Entrou no banheiro e deixou a água quente cair sobre si, como uma tentativa de apagar o toque indesejado, as palavras imundas, o tapa que ainda ardia na memória.
Enquanto isso, no andar de baixo, Andrew continuava parado na porta da entrada.
A cabeça dele era um caos.
Bridget quase foi estuprada.
Ela havia dito com todas a