A noite caiu silenciosa, mas o coração de Andrew batia com fúria contida. Cada detalhe, cada suspeita, cada memória embaralhada parecia apontar para algo que ele se recusara a ver: havia uma armadilha ao seu redor. E tudo começava com Laura.
Ao chegar à clínica, ele foi direto ao quarto dela. A enfermeira tentou intervir, mas Andrew apenas disse, firme:
— Eu só preciso de cinco minutos.
Laura estava sentada na poltrona, com um livro no colo, mas o olhar perdido. Quando viu Andrew entrar, forçou um sorriso frágil.
— Amor... que surpresa boa... — disse com a voz baixa.
Andrew fechou a porta e ficou em silêncio por alguns segundos, até tirar o bilhete do bolso.
— Precisamos conversar.
Laura franziu a testa, fingindo confusão.
— Claro... o que houve?
Ele ergueu o bilhete.
— Você sabe o que é isso.
Ela arregalou os olhos, pondo a mão no peito, simulando surpresa.
— Foi aquele bilhete horrível... com o buquê... eu fiquei tão mal com aquilo, Andiie... — sua voz tremeu — eu chorei tanto... fo