A tarde começou a esfriar quando Bridget passou pelos portões da Mansão Miller.
O ar trazia o cheiro de jasmim vindo dos jardins. Por um instante, ela pensou em seguir direto para o quarto, mas uma movimentação no pátio de trás chamou sua atenção. Passos leves, olhos curiosos. O som abafado de uma risada familiar... a de Andrew.
Seu coração acelerou.
Cautelosa, Bridget contornou a lateral da casa e parou ao avistar a cena.
Ali, sentados no deque de madeira que ficava à beira do jardim, estavam Andrew e Laura. Ela repousava a cabeça no ombro dele, e sua mão guiava a dele até o ventre — agora levemente curvado sob o vestido justo.
Andrew acariciava a barriga de forma suave, com um sorriso calmo nos lábios. Um gesto carinhoso. Intenso. Quase reverente.
Bridget permaneceu imóvel, como se o tempo ao redor tivesse congelado.
A respiração dela se tornou lenta e pesada. O peito apertado, como se algo ali dentro estivesse se desfazendo em silêncio.
“Faltam apenas quatro meses”, pensou, engolin