Amélia notou que a clareira estava mergulhado em um silêncio absoluto, pois até o sons dos animais noturnos não se ouvia. O ar vibrava com uma energia antiga e poderosa, algo que ninguém ali jamais havia sentido antes. A lua cheia pairava no céu, derramando sua luz prateada sobre Amélia, que arfava no centro da clareira. Seu corpo tremia, a pele queimava, e cada fibra de seu ser pulsava com uma força desconhecida.
Damian a observava com o peito apertado. Ele sabia que a primeira transformação era dolorosa, mas o que estava acontecendo com Amélia ia além do esperado. Seu corpo brilhava tenuemente, como se estivesse absorvendo a luz da lua e a canalizando para dentro de si.
Então, um grito cortou o ar.
Amélia caiu de joelhos, cravando as unhas no chão de terra úmida pelo sereno, sua respiração curta e ofegante. Seus olhos estavam arregalados, completamente tomados pelo brilho prateado da lua. Suas veias pareciam iluminar-se sob a pele pálida,