Retornamos para o castelo inglês e, ao parar à frente do portão, Elizabeth saiu e abriu-o para que eu pudesse entrar. Eu ia parar o Fusca bem no começo, próximo da entrada, mas fiquei imaginando os vizinhos vendo aquele estranho carro alemão na terra dos Chevrolet´s.
Então fui com ele até perto da garagem ao fundo. Elizabeth ficou curiosa e, em vez de ir abrir a porta, veio atrás de mim. Ao sair, eu disse a ela que não achava legal deixá-lo bem na frente, devido aos vizinhos...
— Não se preocupe. Aqui ninguém fala com ninguém.
Concordei sorrindo, já que imaginara isso mesmo. Então, aproveitei o gancho:
— Não sabia que você dirigia.
Beth sorriu e respondeu:
— Desde os 18 anos, logo que voltei da Inglaterra e entrei na maioridade – essa palavra me fez lembrar-se de Dom Pedro II... – mas nunca quis ter um carro meu.
Questionei:
— Por quê? Aqui o que mais tem é espaço para carros.
Um pouco mais séria, ela me fez uma revelação, outra das que eu tomaria conhecimento naquela noite...
— Eu já