O Peso do Amor e da Humilhação
Aria
O relógio da sala marca a madrugada, mas a insônia me acompanha como uma sombra persistente. Alexandro ainda não voltou para o quarto.
Eu o vi, pela última vez, sentado na sala de estar, com os olhos fixos no celular.
Não sei se ele está esperando algo, mas seu silêncio é mais ensurdecedor do que qualquer palavra.
E eu? Estou aqui, no limiar de uma decisão que parece impossível.
O amor que sinto por ele se mistura com a raiva, a frustração e a desesperança. Como posso amar alguém que constantemente me humilha?
Como posso continuar desejando a atenção de um homem que só me vê como uma peça em seu jogo?
Minha cabeça gira, e a sensação de que estou perdendo a razão se torna cada vez mais forte.
Alexandro nunca foi fácil de lidar. Sua inteligência cortante, sua obsessão pelo controle, tudo isso sempre me fascinou e me assustou ao mesmo tempo.
Quando nos encontramos, parecia que ele era o único capaz de compreender minha complexidade, minha ambiçã