Ao chegarmos em casa, o clima já estava tenso o suficiente para cortar com uma faca.
Antes mesmo de darmos um passo para fora do carro, o celular de Murilo tocou, e o nome de Estela piscou na tela.
Eu senti meu coração afundar. Bufei, contendo a raiva que borbulhava dentro de mim, e saí do carro, batendo a porta com mais força do que o necessário.
Cada toque do telefone parecia ecoar como uma acusação silenciosa, alimentando a frustração que crescia dentro de mim.
Antes mesmo de eu abrir a porta da sala, ouvi o seu carro sendo ligado novamente e Murilo sair do estacionamento.
Minha raiva atingiu um novo pico. Ele voltou para ela mesmo dizendo que não iria.
Suspirei, sentindo-me abandonada e frustrada, mas decidi não deixar essa situação me derrubar.
Em vez disso, subi as escadas e fui direto para o banheiro, onde me permiti um momento de calma em um banho quente.
O vapor envolveu meu corpo, dissipando um pouco da tensão que se acumulava dentro de mim.
Enquanto a água quente do