Foram três dias estranhos. Carter saiu de casa mais cedo do que de costume, chegando uma hora prudentemente depois do jantar, então eu jantava com uma novela turca a tiracolo. Essas histórias trágicas pareciam ser minha última companhia nos últimos dias, pois Carter chegava, se trancava no quarto e não havia interação.
Ele estava me evitando. Isso parecia uma denúncia clara, então eu estava pronta para procurar outro apartamento. Eu não queria voltar para o antigo e ver o meu filho crescer entre criminosos.
Talvez ele estivesse farto das minhas mudanças de humor, do meu choro sem fim, ou talvez do fato de eu ter mudado a sala de estar dele, talvez isso o irritava mais do que ele demonstrava.
Eu não tinha economizado muito, mas ia dar um jeito.
— Ouvi dizer que você está procurando um quarto. Daiana, uma colega cozinheira, sentou-se ao meu lado na sala de espera. — Eu tenho um quarto. A minha colega de quarto largou a faculdade e também me deixou com o aluguel, então preciso de colocar