NATALIA
O desconforto, a tensão, eram insuportáveis. Carter continuou me evitando desde aquela noite. Pior, ele nem conseguia olhar para mim.
No entanto, naquela noite, definitivamente precisávamos conversar.
— Natalia Brown? Levantei a mão para a dona do pequeno estúdio de balé. — Você está pronta? Ela perguntou.
— Claro. Preparei-me agarrando a barra, fiz um pequeno sinal e a música imediatamente inundou o ambiente e minhas veias.
Comecei com os movimentos básicos enquanto "Wart up at the barre" tocava, terminei depois de dois minutos e sorri com a mudança drástica na melodia, enquanto a instrumental "Let it go", de Frozen, preenchia o meu corpo com movimentos mais rápidos e alegres.
Após a minha rotina de cinco minutos, ouvi algumas palmas, todas vindas da mulher parada à minha frente com a sua partitura debaixo do braço.
— Você é incrível! Lancei-lhe um olhar e uma expressão agradecida, abaixando o rosto.
— Muito obrigada. Voltei para perto dela, que me pediu para sentar.
— Por qu