— Eu sei que ela não era perfeita, mas ninguém nesta vida é! Ele me cutucou com o dedo. — Nem mesmo você, mesmo que goste de fingir.
— Uma coisa é cometer erros estúpidos, outra é cometer erros com malícia. A sua mãe planejou tudo friamente.
— Nunca mais fale assim de uma mulher que não consegue se defender. Ele sibilou, em tom de advertência.
— E nunca mais desrespeite a mãe do seu filho. Eu o pressionei da mesma forma, só que com mais força.
— Não acredito que tudo isso seja por causa de um comentário idiota que...
— E se eu tivesse dito isso? interrompi.
— Não teria feito diferença. Você é só o avô. Talvez a Natalia até tivesse rido, e eu teria te apoiado. Ele deu de ombros, como se nada disso fosse importante o suficiente.
— Não, Benjamin, e se eu tivesse dito que preferia que você fosse uma menina? O seu corpo enrijeceu e os seus braços se tensionaram. — E se eu te dissesse que seria melhor se você não tivesse nascido? Não significaria nada para você? Ele não respondeu. Houve um