Gabriel
(5 dias depois do desaparecimento da Luma)
Hoje de manhã, levei meu filho até a piscina do meu condomínio. Bom para ele e para mim. Cinco dias sem Luma e sem notícia alguma, isso está nos deixando loucos. O problema é que da mesma maneira que não consigo afastar meus pensamentos por muito tempo, percebi que meu filho também não. Por várias vezes, o vi sozinho em um canto, sem interagir com nenhuma criança.
No fim do dia resolvo levá-lo para comer na praça de alimentação do shopping. Tento me controlar para não passar a minha aflição para ele, mas o garoto parece estar submerso em seus pensamentos.
— Não está com fome? — pergunto quando o vejo remexer na comida sem levar nada à boca.
O menino suspira e responde a seguir.
— Não muita. Sinto falta da minha mãe.
Eu preciso ser forte por ele. Estendo a mão até seus cabelos curtos e o acaricio.
— Eu também sinto falta da sua mãe, filho. Mas nós precisamos comer para estarmos fortes quando ela precisar de nós.
O menino balança a cab