João
Durante a última semana, peguei o celular várias vezes, mas desisti de ligar ou mandar mensagem pra Camila. Não sei o que fazer.
Ela veio até mim, disse o que eu precisava ouvir e agora, o que falta? Sinto que ainda falta algo, mas o quê?
— Tá muito esquisito esses dias, moleque?
Meu pai me questiona. Estamos sentados à mesa tomando café da manhã. Ainda é muito cedo, o Sol ainda está muito tímido e aquele friozinho da manhã invade a cozinha.
A fumaça do café fumegante dança na minha frente.
— Quem tá esquisito? — Levo um gole do café até a boca.
— Ocê tá esquisito. Só fica encarando esse telefone e não fala nada com ninguém.
— Ah, pai...
— É aquela moça que esteve aqui, não é? Eu vi como ocê ficou. Fugia da garota como o diabo foge da cruz.
— Eu não sabia como agir na frente dela, pai. Por isso ia me refugiar no serviço pesado.
Passo manteiga no pão e dou uma mordida.
— Nem parece meu fio. — Ele beberica seu café.
Antes que eu pudesse responder, meu telefone toca e quando verific