Marina, por causa de sua religião, não acompanhou o enterro. Andressa voltou para encontrá-la, antes de o carrinho voltar para a frente do cemitério.

O carrinho para com um leve solavanco. Rita desce primeiro, sem olhar para trás. Rayane abre a boca, mas eu já estou de pé, descendo rápido, o corpo pesado, mas decidido.

Caminho até a saída. Andressa e Marina estão na porta do cemitério, de costas para a rua, conversando baixo.

— Que tipo de marido deixa a esposa grávida vir sozinha no enterro do pai? — Marina pergunta, a voz cheia de desprezo. — Ele é um idiota.

— É claro que ele é um idiota. — Andressa responde, quase rosnando. — Arg! Espero nunca mais ver esse imbecil na minha frente.

Eu estava tão triste por ter perdido o meu pai, que sequer notei a ausência de Marcos. E ele não estar por perto, era bom, já que eu estava grávida dele e não sabia o que fazer.

— Eu também espero. — digo, me aproximando. As duas se viram de uma vez. — Nós podemos ir.

Andressa circula seu braço