Era impossível negar que eu estava apaixonada por Kevin. Meu desejo era conhecer não só seu corpo, mas seus desejos e sonhos. E ser desbravada também. A biblioteca era um lugar propício para isso.
Meu mauricinho de Beverly Hills era um ponto fora da curva. Ele era diferente dos outros mauricinhos que eu havia conhecido ali, e as coisas estavam caminhando para algo que eu não sabia o que era, e que me assustava ao mesmo tempo em que me fascinava.
Um playboy intelectual era um misto de dois estereótipos que, combinados, criara a criatura mais sexy que eu já havia conhecido.
Queria desvendá-lo, abri-lo como um leitor abre um livro, e mergulhar em suas entrelinhas. Era isso que ele era, um belo livro, do gênero romance com nuances de erotismo.
– Quero te fazer uma pergunta – disse ele quebrando o silêncio do alívio.
Suas palavras não eram incômodas, mas eu gostava da ausência de sons na biblioteca. Entretanto, um segundo barulho nos retirou daquele momento.
A sensação de calmaria invad