Na manhã seguinte, o celular de Rayra vibrou cedo. Era uma mensagem de Victor:
"Não vou almoçar em casa hoje. Você está bem? Precisa de alguma coisa?"
Ela encarou a tela por alguns segundos, com o coração apertado. A resposta saiu curta, quase automática:
"Estou bem. Não preciso de nada."
Por dentro, no entanto, a mente estava em conflito. Imaginava que ele estava com outra mulher, e a ideia lhe trazia uma mistura de mágoa e resignação. Acreditava que Victor queria distância, que no fundo estava apenas esperando que ela fosse embora de vez.
Os dias seguintes confirmaram sua impressão. Victor não voltou naquela noite, nem no dia seguinte. Passou dois dias na casa dele com a irmã, sem dar explicações além de mensagens vagas.
Quando finalmente entrou pela porta, no fim da tarde do terceiro dia, o clima entre eles parecia pesado. Ele largou as chaves na mesa, respirou fundo e, com a voz controlada, disse:
— Oi Ray, tudo bem?
Ela estava na sala, respondeu séria:
— Oi, tudo sim.
Ele se apr