Foi sério, não foi brincadeira, não foi provocação. Foi um pedido sincero, n u, desarmado. Lia sentiu o coração acelerar, a garganta fechar, a mente girar. Ele não estava falando só de encontros. Ele estava falando de estar ali, muito mais presente. De ser um apoio real. De ocupar um espaço maior na vida dele. E ela entendeu isso.
O quarto ficou pequeno demais para o peso daquela frase. Ele a beijou sutilmente na boca.
— Quero que venha ficar comigo, todos os dias. Quero sua companhia.
Lia ficou alguns segundos olhando para ele, ainda assimilando o pedido absurdo e, ao mesmo tempo, doce, que ele tinha acabado de fazer. O silêncio entre eles estava tão pesado que parecia apertar o ar.
Ela então se inclinou devagar, acariciando o rosto dele com afeto, aproximou os lábios e o beijou sutilmente. Foi um beijo leve, lento, terno, como quem pede desculpa e cuida ao mesmo tempo. Quando se afastou, encarou-o nos olhos, com um sorriso suave e quase triste.
— Lysandro… — ela falou com delicade