Lia passou dias tentando manter a mente ocupada, mas não conseguiu. Por mais que tentasse fugir do pensamento dele, cada coisa simples parecia trazê-lo de volta, ela gosta, do jeito frio de falar, o olhar firme que atravessava qualquer disfarce, a sensação estranha de segurança misturada com perigo que só ele fazia nascer nela.
Quando viu a mensagem dele dizendo que estava com saudades e que queria muito vê-la, algo apertou de vez dentro do peito.
Não era só curiosidade, nem só atração. Era uma mistura de solidão, medo, necessidade e uma espécie de carinho que ela ainda não sabia como lidar. Passou o dia se controlando, lutando contra a vontade de ir. Mas à noite, quando a casa estava silenciosa e o celular ainda mostrava a conversa aberta, ela simplesmente cedeu.
Digitou devagar, como se estivesse cometendo um crime.
“Estou indo!!”
A mensagem foi enviada e, junto com ela, o coração dela disparou de um jeito intenso, como se estivesse esperando ver seu namorado. Ela se arrumou devag