A escuridão engoliu Miranda quando Peterson apagou a luz da cozinha. A única luminosidade que restava era a fraca penumbra que vinha da sala. Ela sentiu o tecido liso da gravata de Peterson ser delicadamente amarrado sobre seus olhos, cobrindo-os completamente. O mundo de Miranda se resumiu a sons e sensações.
Ela ouviu os passos dele se afastarem e, em seguida, o clique de um isqueiro. Um aroma sutil de cera queimada e o doce perfume de morangos, que ele já havia usado na banheira, preencheram o ar. Peterson havia pegado uma vela da escada.
— Se quiser desistir, saiba que não vai ganhar nada. — a voz dele soou mais grave na escuridão, com as palavras como um contrato renovado.
Ele se aproximou novamente, e Miranda ouviu o som de botões se desprendendo. O tecido da camisa de Peterson, enquanto ele a tirava, revelando a pele morna de seu corpo escultural. Ela sentiu o calor dele se aproximar, o cheiro de seu corpo se misturando aos perfumes do ambiente.
— Posso me divertir com você? —