Aiyra
Kiler me ajuda a sair do elevador do prédio, seu braço envolvendo minha cintura com firmeza. Em outro momento eu ficaria encantada com a forma gentil com a qual seus braços me guiam ou como o seu perfume é agradável, mas agora a única coisa que toma a minha atenção é a dor que parece reverberar por meu braço cada vez que piso no chão.
Kiler quis me levar ao hospital, mas eu o lembrei que segundo os registros legais desse país eu estou morta, então eu argumentei com a calma de alguém que está com dor o quanto seria idiota me levar a um hospital.
Nos primeiros quinze minutos eu tentei bancar a durona, mas no vigésimo solavanco do carro meus olhos começaram a pinicar com as lágrimas.
Agora eu sei exatamente a aparência decadente que me encontro. Cabelos despenteados, olhos inchados e vermelhos e mancando brevemente.
Eu não quero nem ver o enorme hematoma que vai ficar em minhas costas...
Chegamos à porta da minha casa e ele me ajuda com a fechadura, pois minhas mãos tremem tanto qu