Benício Mendelerr
Mariaga seguia testando minha paciência. Quando soube que Paulah havia recebido aquela caixa como presente, senti minha raiva crescer e eu nem tinha me recuperado da notícia da gravidez.
Não era apenas um insulto; era uma afronta direta à minha autoridade. Ordenei que trouxessem o homem que entregou a caixa, estive ocupado resolvendo esse problema enquanto ela se divertia com as compras pela cidade.
Ele foi arrastado até mim, tremendo dos pés à cabeça. Um sujeito magro, com olhos arregalados e voz trêmula.
— Me perdoe, senhor Benício! — ele implorou, caindo de joelhos. — Eu só fiz isso porque precisava do dinheiro que Mariaga ofereceu. Não sabia que era para ofendê-lo!
Observei-o por um momento, avaliando cada palavra que dizia. Sua desculpa era patética, mas não era o suficiente para aliviar minha ira.
— Você sabia exatamente o que estava fazendo e as nossas regras — retruquei, minha voz fria como gelo. — E ainda assim escolheu o dinheiro em vez da lealdade.
Ele com