Paulah
Acordei ainda fraca, o coração disparado como se eu ainda estivesse correndo no meio daquela multidão. Mas já não corria, já não fugia.
Agora, estou apenas presa e sequer entendia por quê. As imagens do dia anterior voltaram como um soco no estômago, trazendo um peso insuportável para o meu peito.
Benício... Como tudo saiu tão errado?
Tentei lembrar do momento exato em que nos perdemos, mas minha mente estava embaralhada, confusa com todas as emoções que passei.
A última coisa que me recordo é da multidão em Paris e da visita do Papa, das luzes desfocadas, dos carros passando rápido demais, dos meus pés doloridos de tanto correr e procurar por ele e o fato é que me perdi.
Sozinha, sem telefone, sem dinheiro, sem saber para onde ir. Eu não posso falar o nome da cidade e nem sei se para o mundo aqui fora o nome Benício Mendelerr é real ou não.
Andei pelas ruas geladas de Paris, tentando me acalmar, tentando pensar no que fazer. Eu precisava voltar para a Culla del Crimine e ess