Diego entrou no quarto de hospital com passos pesados, a expressão carregada de aborrecimento, sua preocupação com o estado de Roberto em segundo plano. Estava tomado pela raiva das revelações recentes, pela sensação de traição que vinha corroendo sua mente, ampliadas por encontrar Lucas na antessala, aguardando Penélope com um sorriso zombeteiro.
— Não sinta pena dele. Ele destruiu nossa família, nos separou e nos impediu de criar Samuel como pais dele.
Permanecendo imóvel ao lado de Roberto, Penélope olhou para Diego com cansaço.
— Sei que precisamos discutir isso, mas aqui não é o lugar certo — falou tentando manter a voz baixa e tranquila. — Seu pai precisa de cuidados, sem estresse.
Amenizando a fúria percorrendo-o, Diego observou Roberto, deitado no leito de hospital, sedado e desacordado. Uma mistura de sentimentos o atravessou: a raiva, a mágoa, mas também uma ponta de compaixão. Por piores que tenham sido suas atitudes ao longo dos anos, ainda era seu pai e estava enfrenta