Mary.
Era tarde quando cheguei da delegacia da mesma forma que havia ido, de mãos vazias e o coração aflito. Eles diziam que a foto que recebi era um bom sinal, tínhamos talvez a confirmação de que ele estava vivo, e pela primeira vez o sequestrador resolveu se comunicar.
Suspirei jogando meu casaco sobre a cama e fui direto para o banheiro, liguei o chuveiro deixando na temperatura que eu gostava e comecei a tirar minhas roupas.
Fechei os olhos deixando a água cair sobre a minha cabeça e chorei, eu estava frágil, desesperada e cansada. Tudo isso estava se arrastando mais do que imaginávamos e não havia absolutamente nada que ligassem Paul ou Adeline a esse sequestro.
Sai do chuveiro fechando meu roupão felpudo e enrolei uma toalha no cabelo deixando que meu corpo caísse sobre a cama tentando descansar meus pés inchados.
Olhei para o teto tentando raciocinar um pouco, não havia mais ninguém, simplesmente ninguém. Tinha que ser um deles.
Linda disse em seu depoimento que ele havia ido