Charlotte se ajeitou na cadeira para que pudesse olhar os dois homens nos olhos – mesmo que para isso tivesse que levantar muito a cabeça.
— Posso ajudá-lo a achar o motoqueiro que atirou no Marco e colocar o responsável na cadeia.
— E como você pode ajudar? Desculpe-me, não quero ser cético, mas não vejo como você pode ajudar.
— Eu sei quem é o responsável por mandar o Marco para o hospital, senhor Villa-Lobos.
— Como? Quem é? — Eduardo fez uma carranca, já se preparando para o que achava que iria ouvir.
— Foi meu pai. Depois que o Marco me contou a verdade sobre a morte do meu irmão, eu fui falar com meu pai. Prefiro não entrar em detalhes sobre como a coisa ficou feia, mas Marco apareceu lá. E agrediu o meu pai, não que ele não merecesse.
Eduardo sorriu orgulhoso.
— Só que ele não deveria ter feito aquilo. — Charlotte balançou a cabeça, triste. — Meu pai, ele... não deixa as coisas impunes. Ele ameaçou o Marco. Não foi uma ameaça nítida, mas conheço o meu pai e sei do que ele é cap