A rainha se aproximou lentamente, cada passo parecendo um lembrete de sua autoridade. Ela me cumprimentou cordialmente, mas eu podia sentir a acidez no que ela dizia. Eu mal conseguia compreender as palavras que ela me dirigia. Pedi licença e fui para um dos cômodos mais afastados da casa. Meus passos eram firmes, mas por dentro tudo parecia desmoronar. A presença delas era o lembrete perfeito de que minha vida aqui jamais seria simples, por mais que eu tentasse.
Fechei a porta suavemente atrás de mim e me encostei nela, respirando fundo. A sala era aconchegante, mas nem a decoração acolhedora conseguia aliviar o peso no meu peito. Essa situação era um reflexo claro do que a rainha fazia tão bem. Ela sabia mostrar que, por mais que eu conquistasse um pouco de segurança, a paz jamais seria um luxo que eu poderia me permitir. Sempre haveria algo ou alguém disposto a me lembrar que eu não pertencia completamente a este lugar.
Após alguns minutos de silêncio, endireitei os ombros, respire