O silêncio no quarto era pesado, como se sugasse todo o ar ao meu redor. A rainha me encarava, e, por um instante, vi algo que nunca imaginei encontrar em seu olhar: compreensão. Ela não zombou do meu pânico, não questionou minha sanidade. Apenas se manteve ali, observando-me com uma seriedade fria, mas de alguma forma, genuína. Mesmo assim, um pensamento atravessou minha mente como um raio. Eu já havia ouvido ameaças por parte dela e de outras pessoas. Alguém tinha avisado que eu seria afastada. Talvez esse fosse o momento.
Antes que eu pudesse decifrar aquela expressão, a porta se abriu novamente. Ryan entrou acompanhado da enfermeira, seu rosto rígido, os olhos sombrios de uma maneira que nunca tinham sido antes.
Meu coração se apertou no peito. Ele não precisou dizer nada. Eu já sabia e não tinha como eu acreditar que era apenas a imaginação de uma recém mãe com excesso de preocupação. Mesmo depois de tão pouco tempo, meu corpo todo sabia que ela fazia parte de mim. A dor da separ