A dor me rasgava, me dobrava, me consumia como ondas violentas que se recusavam a me deixar respirar. Minha mente girava, atordoada, presa entre a exaustão e o medo. Os espaços ao meu redor transacionaram sem que eu pudesse entender o caminho que eu estava tomando. Enfim, eu conseguia distinguir algumas das vozes ao meu redor que soavam distantes. As palavras se misturavam com o bip das máquinas e os ruídos abafados que provavelmente eram de um hospital.
- Bianca, eu estou aqui. - a voz firme e grave de Ryan rompeu o torpor.
Meus olhos se abriram por um instante, e ali estava ele, segurando minha mão, seus olhos intensos, fixos em mim, transbordando uma preocupação que ainda conseguia me incomodar. O médico falava, mas eu não conseguia absorver nada. Algo sobr